Ontem fui ver o "Million Dollar Baby" do Clint Eastwood. Quem me conhece diz que eu não gosto de nenhum filme e que sou muit crítico. Bem, gostei deste.
Melhor filme? Não sei não os vi todos (para dizer a verdade tenho visto poucos) mas que é muito bom é.
Melhor realizador? É capaz. Gostei muito da forma como todo o filme é contado e filmado, mas principalmente da direcção de actores. As representações são muito contidas e quem já viu o filme sabe que têm terreno para descambar no drama e na "lamecheira".
O Clint Eastwood tornou-se um daqueles realizadores que são selo de qualidade.
Melhor actriz? A Hilary Swank está muito bem. Tinha gostado muito dela no "Boys don't cry" e voltei a gostar muito. Mas não enche o ecrã como o Sean Penn o tinha feito no "Mystic River" e na minha opinião está uns furos abaixo do Morgan Freeman.
Melhor Actor Secundário? Bem capaz. Este homem não sabe representar mal e fez mais uma vez um papel excelente. Ele faz parte daquele conjunto de actores que tem vindo a ficar cada melhor com a idade, entre eles o próprio Clint Eastwood, Sean Conery, Donald Sutherland, Michael Caine, Robert Duvall.
Ultimamente tenho visto filmes, ontem vi cinema!
1 comentário:
Concordo. Grande filme.
Precisamente a direcção de actores, a contenção dramática, o conflito individual do protagonista (o problema de consciência com a filha vs treinar umA pugilista), e a forma como conseguiu juntar os dois temas principais: o mundo do pugilismo e a luta pessoal na conquista de (alguma) felicidade... nem que este seja, em última instância, deixar de viver.
Talvez o único aspecto mais óbvio tenha sido a dramatização extremada da vida da rapariga, cuja família é demasiado má para ser verdade (nem um olhar cúmplice da irmã? nem um sinal de humanidade naquela família?... de facto, assim nem que tivesse 40 anos, arrumava qualquer uma no ringue.)
E sim. Morgan Freeman. É preciso dizer mais?
O filme surpreendeu-me. Bem escrito, bem realizado, excelente duplo climax: não apenas quando ele revela à sua pupila o que significa a "tal palavra", antes de lhe executar o golpe de misericórdia, mas ainda quando, antes de o cometer, ele se vai "confessar" ao padre por não haver mais ninguém a quem possa recorrer. Quando ele põe cá para fora aquele sentimento de culpa que andava tanto tempo a remoer... uff, é forte.
PM
Enviar um comentário