quarta-feira, março 16, 2005

Guerra ao Terrorismo e Direitos Humanos

Num artigo de opinião de Sarsfield Cabral hoje no DN podemos ler em relação ao comportamento dos EUA na "Guerra ao Terrorismo":

A violação de direitos fundamentais manifesta-se na prisão por tempo indefinido e sem culpa formada de suspeitos de terrorismo, a quem é negado advogado. Qualquer um pode ser considerado suspeito, sem hipótese de se defender. É o reino da arbitrariedade, aceite por supostos adeptos do Estado limitado. Há também o recurso à tortura. Rumsfeld aprovou métodos de interrogatório contrários à Convenção de Genebra, tratado que Washington não aplica aos suspeitos de terrorismo, apesar de se dizer em guerra contra os terroristas. E os EUA não só mantêm prisioneiros clandestinos, fora de qualquer controlo judicial, como enviam presos para países onde a tortura é corrente. Disse o general americano responsável pela prisão de Abu Grahib (onde até havia crianças) "Não me importo se estamos a prender 15 mil civis inocentes. Estamos a ganhar a guerra."

Esta é uma questão primordial que tem sido muito esquecida. A defesa dos Direitos Humanos tem de ser feita respeitando os Direitos Humanos. A "guerra ao terrorismo" deve ser vista como uma luta pelos Direitos Humanos, logo pela Civilidade.

Para leitura adicional recomendo uma passagem pelo site da Amnistia Internacional onde se encontra vasta documentação sobre os assuntos e sobre Direitos Humanos em geral, nomeadamente este relatório.

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