Todos sabemos o que acontece quando vamos jantar em grupo com a conta a dividir por todos no final. Desde o prato principal ao wisky, passando pela sobremesa, toda a gente olha para a ementa com um desprendimento com que não olha quando vai pagar a conta sozinho. Num jantar com 50 pessoas aquele wisky de €5 sai a 10 cêntimos e de qualquer das formas já estamos a pagar o vinho caro daquele senhor do canto que mal conhecemos.
Passa-se isto com a nossa relação com o estado. Se fossemos nós a pagar directamente as despesas que reclamamos enquanto cidadãos ou que não evitamos enquanto funcionários públicos e governantes de certeza que as veríamos com outros olhos.
Desde o hipocondríaco que passa o tempo todo a "exigir" aos médicos a repetição de exames caríssimos a todo o tipo de patologias para as quais não tem sintomas credíveis ao autarca que exige uma autoestrada sem portagens todos temos a noção que a dividir por todos custa pouco e ainda por cima o pagamento é diferido: e com sorte é diferido (com muitos juros à mistura) para a geração seguinte.
Com uma grande dose de coragem, gestão competente de cima a baixo e uma mentalidade nova poderíamos todos nós jantar melhor e pagar menos no fim.
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