quarta-feira, agosto 30, 2006

De Lisboa a New Orleans

Fez um ano que o Katrina arrasou New Orleans. Lugar de cruzamento entre as culturas Francesa e Crioula (com um toque de novo mundo), quem já lá esteve sabe que mais do que os edifícios o mais grave é perder-se a vivência de New Orleans. Porque, mais do que nas varandas de ferro forjado ou as casas tipo colonial, são as gentes, o misticismo e a música que fazem de New Orleans uma paixão.

Passado um ano está quase tudo por fazer (a este propósito ver o post The American Way no Arrastão). Jorge W argumenta que muito se fez em um ano: é verdade. Por cá o Túnel do Metro (ou será do litro) meteu água já nem nos lembramos quando e está tudo na mesma; estão há dois anos a meter água nas obras do túnel ferroviário do Rossio e agora pedem(-nos) mais cinco. E como não há duas sem três, o Santana mostrou-nos mais uma vez como, em Lisboa, não se faz um buraco sem levarmos um banho.

A diferença entros os nossos buracos no solo e os buracos nos diques na capital do Luisiana é que com estes, bem ou mal, nós podemos. Nem Orleans foi evacuada. Se não arranjarem depressa motivo para as pessoas voltarem, bem que podem reconstruir as casas e as ruas que só servirão para passear o rato Mickey em mais uma cidade de faz e conta.


A mítica Canal Street fazendo jus ao seu nome

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